Estudos apontam que o Brasil caiu em ranking de igualdade entre os sexos.
De acordo com estudos feitos pelo Fórum Econômico Mundial o Brasil nos últimos cinco anos caiu consideravelmente em um ranking de igualdade entre os sexos, o Brasil ocupou a 85º posição entre 134 países. "O Brasil caiu ainda mais neste ano devido a pequenas perdas na educação e na participação política, assim como ao avanço de outros países", justificaram os autores do relatório.
Em outros setores essenciais como educação a taxa de matrícula das meninas na educação primária e de 93% enquanto os meninos possuem 95%, no quesito economia a situação é ainda pior a participação das mulheres na força de trabalho é de 64% enquanto os homens tem 85%. Se compararmos a remuneração estimada percebe-se que as mulheres recebem apenas 60% da mesma remuneração recebida pelos homens (US$ 7.190 contra US$ 12.006).
No quesito política a diferença entre os sexos é ainda maior as mulheres ocupam apenas 9% das cadeiras no Legislativo (108º lugar) e apenas 7% de cargos ministeriais (102º lugar)
Considerando todos os indicadores, entre 32 países do relatório considerados de renda médio-alta, o Brasil fica na 21ª posição. O grupo é encabeçado por África do Sul, Cuba, Namíbia, Costa Rica e Argentina.
O Relatorio é elaborado ano a ano pelo pelo Fórum Econômico Mundial há cinco anos, dos 114 paises analisados neste período o estudo apontou que 86% dos paises houve uma redução da desigualdade entre os sexos enquanto que os outros 14% houve um aumento.
"Observamos que a desigualdade entre homens e mulheres está diminuindo na saúde e na educação. Nos 134 países pesquisados, 96% das desigualdades na saúde e 93% das desigualdades na educação foram superadas. E, no entanto, apenas 60% das desigualdades em termos de participação econômica foram superadas", disse o co-autor do estudo, Ricardo Hausmann, do Centro para o Desenvolvimento Internacional da Universidade de Harvard, nos EUA.
Para os autores do relatório, o estudo "demonstra que superar as desigualdades provê as bases para uma sociedade competitiva e próspera".
"Independentemente do nível de renda, os países podem escolher integrar a igualdade de gêneros e outros objetivos de inclusão social em sua agenda de crescimento - e ter o potencial de crescer mais rapidamente - ou correr o risco de reduzir o seu potencial de competitividade por não capitalizar plenamente metade de seus recursos humanos."
Fonte: Fórum Econômico Mundial
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